Hoje vai ao ar o episódio 8×09 de Arrow, Green Arrow & The Canaries, que servirá de piloto para o possível spin-off da série protagonizado pela Katie Cassidy, e Juliana Harkavy. A EW conversou com a Kat sobre o que esperar desse episódio. Confira:

Entertainment Weekly: Como você reagiu quando leu este roteiro pela primeira vez?

KAT MCNAMARA: Esse roteiro foi realmente muito interessante para descobrir quais são os próximos passos, especialmente considerando “Crisis”, e tudo o que aconteceu. É uma espécie de grande questão de “Certo, o que vem a seguir? E agora? Para onde vamos daqui?” Eu acho que tem sido uma colaboração realmente maravilhosa com a [showrunner] Beth [Schwartz] e [criador] Marc [Guggenheim] e [co-produtor executivo] Oscar [Balderrama] e [produtor executivo] Jill [Blankenship], todos nós nos reunimos e descobrimos o que tudo isso significa para Mia e o que isso significa para o futuro dela e para o futuro em geral.

Essa Mia levou uma vida muito diferente por causa do que aconteceu em “Crisis”. Ela tem essa vida perfeita. Como esta versão do Mia difere da que conhecemos?

É uma mudança muito grande em alguns sentidos, e em outros nem tanto. Em essência, essa Mia não conheceu nenhum tipo de tristeza ou sofrimento ou algo infeliz em sua vida, exceto o fato de o pai ter morrido antes de ela nascer ou antes de ter alguma experiência real com ele. Além disso, ela tem uma vida perfeita – Star City esteve segura – e teve todas as oportunidades na ponta dos dedos por causa do sacrifício de seu pai. Portanto, ela ainda tem problemas muito semelhantes de abandono, porque não teve o pai e sabe que a escolha foi dele, mas sabe que foi por um bem maior. Ela viveu a vida inteira com a responsabilidade de ser filha do Arqueiro Verde. Isso é tão respeitado em Star City que lhe deu todas as oportunidades. Mas ela ainda foi criada por Felicity. Ela ainda é a mesma jovem mordaz, muito inteligente, muito esperta e astuta que tem uma sensibilidade sobre ela, mas está um pouco perdida. Ela ainda não encontrou sua paixão. Ela não sabe o que quer fazer da vida e não há nada em sua vida que lhe dê essa faísca. É nesse ponto que somos deixados com ela se formando na faculdade e atingindo alguns marcos reais em sua vida e meio que nesse caminho: “Tenho tudo na ponta dos dedos, mas não estou contente”.

Como foi explorar um lado diferente e mais leve desse personagem?

Foi uma jornada muito interessante, porque Mia sempre teve um senso de humor. Esse tipo de leviandade sempre existiu e aquele toque do sarcasmo Smoak que todos conhecemos e amamos. Mas é uma perspectiva diferente. Onde a Mia que conhecemos e amamos é muito adepta de suas habilidades de luta, essa Mia é muito adepta de suas habilidades sociais. Portanto, é uma experiência, mas com um conjunto de habilidades completamente diferente e um tipo de aprendizado sobre como ela se relaciona com o irmão e as outras pessoas em sua vida. Foi uma jornada muito divertida de descoberta.

Mia finalmente recupera suas memórias. Como isso muda as coisas para ela?

Isso muda tudo porque, nesse sentido, ela tem duas memórias e duas realidades meio que vivendo dentro dela. A original que vimos nas últimas temporadas e ela tem outra vida que conheceu e amou, mas tem um apego totalmente emocional a ambas. Então, ela está constantemente sendo puxada em várias direções e por várias partes de si mesma, e tentando descobrir o que fazer com esse conhecimento e com essa memória do que significa ser um herói e a responsabilidade. Além disso, a última vez que ela vestiu seu traje de Arqueiro Verde – a primeira vez que vestiu seu traje de Arqueiro Verde – ela perdeu o pai. Portanto, há muitos traumas voltando e Mia não está necessariamente preparada para lidar com traumas de qualquer tipo, muito menos os dessa gravidade.

Fazer malabarismos com memórias de duas realidades diferentes em sua mente é algo com o qual provavelmente nenhum de nós jamais terá que lidar. Como você fundamentou essa luta por conta própria?

Trata-se de encontrar aqueles momentos em que os diferentes lados dela aparecem, porque ainda é a mesma garota em sua essência, apenas com um par diferente de experiências e circunstâncias. Então, foi realmente divertido ver como seus diferentes instintos aparecem, dada a situação. Uma vez que ela tem essas lembranças de volta, vemos esses pequenos lampejos da velha Mia e como seu instinto e treinamento se encaixam. Há outros casos em que a velha Mia não teria conseguido se dar bem, mas agora com as habilidades sociais dessa nova Mia, a maneira como ela lida com sua vida e as conexões que ela tem em Star City, é capaz de resolver os problemas de uma maneira diferente. Diferente do que ela teria feito anteriormente. Por isso, quase estende e amplia o conjunto de habilidades de Mia e permite que ela seja um membro ainda mais adepto da equipe.

Quais foram suas cenas favoritas do piloto?

Há tantos momentos eu lembro. Há alguns que eu não posso falar – eles são grandes spoilers e mal posso esperar para falar mais sobre eles. Mas eu diria que um elemento realmente especial é o relacionamento Mia-William. Nós realmente vimos na oitava temporada o quanto eles cresceram e o quanto eles se uniram como resultado de conhecer o pai e ter que encontrar a mãe e lidar com todos os problemas juntos. Então, nessa nova realidade, eles tiveram a vida inteira juntos e tiveram a chance de realmente se tornarem irmãos da melhor maneira. Eles têm um relacionamento quase mais próximo. Mas mesmo quando Mia recupera suas memórias, ela se lembra de tudo o que Mia passou na outra realidade e quase se torna mais protetora do irmão e mais compreensiva com a situação deles. Adoro trabalhar com Ben Lewis e amo esse relacionamento, e acho que isso o aprofunda ainda mais com essa nova sensibilidade.

Da última vez que conversamos, você disse que as famílias Queen e Diggle sempre estarão conectadas. Como é esse relacionamento nessa nova realidade?

Certamente isso é importante, mas não posso dizer mais do que isso sem ter problemas.